terça-feira, 20 de novembro de 2007

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

sexta-feira, 29 de junho de 2007

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Hello Tomorrow



Esse comercial é um dos meus favoritos, criado pela TBWA. "Hello Tomorrow" é um sonho filmado, com elementos típico. E o que a história do comercial faz é mostrar um mundo inteiramente customizável através do Adidas-1, o primeiro tênis inteligente do mundo.possui na sola um microprocessador de 20 megahertz de velocidade, capaz de fazer 5 milhões de cálculos por segundo. O Adidas-1 sabe onde pisa: um sensor instalado na parte inferior do calcanhar verifica a inclinação do solo, a superfície (cimento, madeira, terra, areia) e envia esses dados ao chip, que, então, ajusta o amortecimento do tênis de acordo com o impacto.

O comercial "Hello Tomorrow" mostra que um novo mundo é criado a cada passo. Quando o protagonista abre os olhos, o tênis magicamente se encaixa em seu pé e o chão se ilumina conforme é tocado. Após descobrir que pode criar postar e controlar o ambiente, o homem passa a correr por florestas e cidades, criando seu próprio universo.

"Hello Tomorrow" é mais cinematográfico do que nunca. Não é um filme que vive só do conceito, mas também da estética passada ao espectador. Um homem que cria seu próprio mundo, mostrado de uma forma surrealmente fantástica.

Hate something, change something, make something better...

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A agência Wieden + Kennedy de Londres já criou diversos anúncios fantásticos para a Honda, e um deles particularmente me agrada mais do que qualquer outro. Não que "COG" não tenha um conceito fantástico, sim, ele tem, mas a radicalização na forma tomou proporções maiores do que sua mensagem. Algo que não acontece com o maravilhoso "Grrr".

É um comercial simples na concepção, mas genial no resultado. Uma animação bonitinha com uma música engraçadinha. Porém, a idéia e toda a comunicação por trás dessa campanha são absolutamente irrepreensíveis. Uma verdadeira aula de como comunicar sem encher o saco do público e sem parecer petulante.

"Grrr" e todo o material em volta dele foram criados para o lançamento do primeiro motor a diesel da história da Honda. Por anos e anos, a empresa resistiu fervorosamente a esse tipo de motor. Kenichi Nagahiro, engenheiro-chefe de motores da Honda, sempre declarou odiar o diesel e que só concordaria em construir um motor do tipo se pudesse começar do zero.

Assim foi feito. E justamente o ódio de Nagahiro que, além de inspirar a Honda a produzir um motor a diesel melhor, inspirou os criativos da Wieden + Kennedy a criar o comercial "Grrr".

A premissa do filme quer nos mostrar que o ódio pode ser uma coisa boa. A trilha do anúncio cantada por Garrison Keillor ao som de uma guitarra arranhada fala sobre as alegrias e vantagens de se odiar. E assim a canção diz: "odeie algo, mude algo, faça algo melhor..."

O que vemos é o lindo mundo do ódio, composto por colinas verdes e acentuadas, habitadas por coelhos felpudos, pingüins e flamingos que de repente são invadidos por sujos, poluídos e barulhentos motores a diesel voadores. As máquinas infames espalham destruição pelo tranqüilo lugar.

Porém, os animais resolvem fazer algo para mudar a situação. Eles utilizam o ódio para o bem, e lutam contra os motores. Tacos de beisebol, ovos, cusparadas solares, cenouras que explodem e todo sortimento de armas bizarras são usadas pelos animais, até destruírem a última máquina.

No final, entra o novo motor a diesel da Honda. Os animais celebram e festejam pela máquina silenciosa e limpa, como uma verdadeira recompensa pelo ódio que usaram em favor do bem. Agora há muita alegria no bosque, e as criaturinhas cantam e dançam.

Um modo simples e non-sense de dizer que podemos usar o nosso ódio para mudar as coisas a nosso favor, para transformar o que achamos ruim em algo bom. Parece bobo? Mas o conceito é ideal e o público adorou

O comercial fez tanto sucesso na Inglaterra, que lançaram a música nas rádios como um single e o filme está sendo usado até mesmo como uma ajuda pedagógica em clínicas de reabilitação de drogas, onde a idéia de usar o ódio como uma força positiva para melhorar vidas é muito pertinente.

O conceito foi estendido a diversas outras mídias. Até um game em flash foi criado, onde o jogador controla um coelhinho que transforma coisas odiosas em algo bom. Uma campanha que impacta, empatiza e coloca o consumidor como parte do meio, e não apenas fala: "Esse é o novo motor Honda, menos poluentes, menos isso, mais aquilo..." (lovemarks, lembra?)

A animação foi dirigida pelos consagrados Adam Foulkes e Alan Smith do estúdio Nexus. Inclusive uma banda com o nome de “Be Nice to the Pigeons” foi formada para tocar a canção-tema do comercial.

Palavras

Todos sabem o quão a imagem é importante para a publicidade.Dizem que uma imagem vale mais que mil palavras.
Mas há um ponto em que discordo com essa afirmação. Me corrijam se estiver errado. Mas toda informação que transmitidos são feitos por signos que são unidades que resultam de uma associação entre um estímulo físico e uma idéia, que facilita o entendimento. Resumindo todo signo tem um significante e um significado.
E quando vemos só uma imagem no anúncio é apenas um significante e o significado está no conceito que ela passa. E conceito não se faz apenas pela imagem, mas sim de palavras. Toda essa estória era só introduzir um spot criado pela DM9 em meados 1999 para a Folha de São Paulo, a peça fala sobre as palavras, a arma mais poderosa que temos.
É uma pena que não escutei,mas mesmo assim considero sensacional.Se estamos na era da informação, então as palavras, logicamente, formam o bem mais valioso para podermos nos expressar, dizer o que pensamos, protestar e etc. E quem pode contestar o efeito e a eficiência das palavras? Nínguem. Seu poder de criar ou destruir é inimaginável.

O spot é apenas um locutor falando, sem bg. Um texto poético, um raciocínio impactante, enfim, uma redação primorosa. Confira:

Palavras
Palavras não são de ninguém.
Pertencem a todo mundo.
Qualquer um pode usar, escrever qualquer coisa.
Basta enfileirar letras.
Combinar sílabas.
Montar verbos, adjetivos ou substantivos.
As palavras aceitam tudo.
Afirmam o que você quiser.
Negam o que você quiser.
Elogiam, criticam, mentem se você quiser.
Porque as palavras não tem princípios.
Por isso quem as usa precisa ter.

Folha de S.Paulo.
Há 75 anos usando palavras e princípios.